Ondas Gravitacionais
Há mais de 1 bilhão de anos, dois buracos negros ( um com 29 e o outro com 36 massas solares), que orbitavam um ao redor do outro, espiralaram até formar um só, em evento gravitacional cataclísmico. Os objetos foram acelerados a 60% da velocidade da luz.
"Já estamos cansados de ver partículas atingirem velocidade bem maiores em aceleradores na terra, mas ai são algumas partículas. não o equivalente de 30 sois." afirma Salvador Nogueira
Ao colidirem, esses dois densos titãs geraram, por um instante, mais energia do que todas as estrelas do universo juntas.
Esse violento chacoalhão no espaço-tempo passou a se propagar em todas as direções (presumivelmente á velocidade da luz) até chegar á terra, em 14 de setembro de 2015, onde encontrou as duas instalações do LIGO, uma próxima a Richland, Washington, e outra em Livingston, Louisiana, separadas por 3.002 Km. os dois detectores registraram o evento com uma diferença de sete milissegundos.
Em questão de três minutos o sistema automatizado acuso um sinal, primeira etapa de um processo iniciou uma longa serie de confirmações e checagens até culminar no anuncio de 11 de fevereiro de 2016: pela a primeira vez Ondas Gravitacionais haviam sido detectadas.
Mais do que mostrar que a teoria da relatividade geral permanece imbatível, a descoberta inaugura o campo da astronomia de ondas gravitacionais. Não custa lembrar; mas, noves fora a detecção pioneira, essa é a primeira evidencia observacional que temos de que buracos negros com cerca de 30 massas solares existe (oque por si só já consiste em uma surpresa). Espera-se que a massa tipica de um buraco negro (normalmente formado pela implosão de uma estrela de alta massa) fique ao redor de 10 massas solares. Encontrar uma colisão de dois objetos na faixa de 30 significa que a formação desses buracos negros avantajados pode não ser tao incomodo quanto se pensava antes.
Ou tivemos sorte e esse foi um evento especial. O LIGO (assim como outros detectores similarmente sensíveis que em breve estarão operacionais, como italiano virgo) certamente espera ver outras colisões menos violentas, mais sutis, como o encontro de duas estrelas de nêutrons, formando assim um buraco negro (e possivelmente emitindo um disparo de raios gama que poderá oferecer a uma contraparte eletromagnética á detecção via ondas gravitacionais), ou mesmo captar o sinal da detonação de uma supernova relativamente próxima.
É um novo campo de estudo que se abre para a astrofísica, um que permite uma sondagem mais íntima sobre objetos até então inacessíveis, como os buracos negros.
Também podemos esperar surpresas no campo da cosmologia.
A hipótese das cordas cósmicas (imensas sobre rachaduras objetos unidimensionais na estrutura do espaço-tempo criadas logo após o período inflacionário que sucede o Big Bang) poderá ser posta à prova. Elas figuram em alguns modelos cosmológicos mais arrojados (ligados à teoria das supercordas) e, embora não encontremos nenhum sinal delas até agora nas medições que fizemos da radiação cósmica de fundo, talvez as ondas gravitacionais possam encontrá-las.
Comentário Mystery Girl
gente eu amei esse artigo do Salvador Nogueira
Para quem nunca ouviu falar nele ele é um jornalista de ciência em astronomia e astronáutica e ele é autor de oito livros.
VÍDEO SOBRE ONDAS GRAVITACIONAIS
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